
Em julho, o Oeiras Valley mergulhou naquele que é o aquário mais antigo do mundo aberto e esteve à conversa com o Comandante Nuno Galhardo Leitão, Diretor do Aquário Vasco da Gama, que destacou o importante papel que este “aquário-museu” tem junto da comunidade científica e da sociedade em geral.
No decorrer da conversa, foi ainda abordado o papel decisivo do Município de Oeiras, no apoio que tem sido prestado ao Aquário, e, em especial, do Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, voz ativa e principal defensor do valor e potencial do Aquário enquanto polo museológico de Aquário e de Ciência.
Leia a entrevista na íntegra e fique a conhecer toda a história deste aquário-museu e o balanço feito pelo Comandante Nuno Galhardo Leitão aos (quase) três anos de liderança do Aquário Vasco da Gama.
Comandante Nuno Galhardo Leitão, encontramo-nos no Aquário Vasco da Gama, um dos mais antigos museus vivos de História Natural, inaugurado em 1898, localizado em Oeiras. Na sua leitura, quais são as características mais diferenciadoras deste museu?
O Aquário Vasco da Gama, localizado em Oeiras, é o aquário mais antigo do mundo aberto ao público. É um museu-aquário que está perfeitamente dividido em duas áreas distintas: a parte do Museu de História Natural, que alberga uma grande parte da coleção oceanográfica do Rei Dom Carlos – um naturalista, um cientista e um artista -, e depois temos a parte viva do Aquário Vasco da Gama, que essencialmente é uma exposição das espécies existentes na costa portuguesa.
“O Aquário Vasco da Gama, localizado em Oeiras, é o aquário mais antigo do mundo aberto ao público”
Temos algumas espécies tropicais, no âmbito do que era a génese do aquário, ainda numa visão de Império Português, de África e Timor. Mas, hoje em dia, a parte forte da área viva do aquário é a costa portuguesa. Os valores do Aquário e a sua grande missão estão focados na educação, tendo como objetivo trazer principalmente às camadas mais jovens esta necessidade de preservação dos ecossistemas marinhos. Nos dias de hoje, existe até uma diferenciação de conceitos para que não se fale em oceanos, mas, sim, Oceano, reforçando a ideia de que todos os oceanos estão interligados. O Aquário Vasco da Gama, além da sua missão educativa, tem também uma vertente muito forte de investigação científica.
Temos vários estudos aqui a decorrer e, acima de tudo, ações que venham de alguma forma contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas. Estão em desenvolvimento vários projetos científicos, em parceria com outras entidades como, por exemplo, o repovoamento das ribeiras em risco. Nós, aqui no Aquário, juntamente com os nossos parceiros, vamos às ribeiras, capturamos as espécies nativas, trazemo-las para o aquário, fazemos a reprodução dessas espécies e, depois, juntamente com escolas da zona das ribeiras, largamos novamente os peixes, em grandes quantidades, tentando de alguma forma estabilizar o equilíbrio do ecossistema.
Outro tipo de trabalhos de investigação científica que estamos a desenvolver, conjuntamente com o IPMA, tem que ver com o mecanismo para criar e reproduzir sardinhas em cativeiro.
São vários os projetos que aqui estão a ser desenvolvidos com grande interesse para a comunidade científica e que, acima de tudo, possibilitam trazer o conhecimento, que muitas vezes está disperso por várias entidades científicas, ao próprio Aquário Vasco da Gama, transformando este espaço num hub de todos estes centros de excelência.
“São vários os projetos que aqui estão a ser desenvolvidos com grande interesse para a comunidade científica e que, acima de tudo, possibilitam trazer o conhecimento, que muitas vezes está disperso por várias entidades científicas, ao próprio Aquário Vasco da Gama, transformando este espaço num hub de todos estes centros de excelência.”
Nos últimos anos, o Aquário Vasco da Gama tem vindo a implementar medidas de recuperação deste espaço emblemático. Quais as principais melhorias que destaca? De que forma estas medidas influenciaram a interação com os visitantes?
Nos últimos 3 anos, o Aquário Vasco da Gama tem feito o seu caminho naquilo que é a mudança do paradigma na forma como o Aquário se deve relacionar com a sociedade visitante. Hoje em dia vivemos numa sociedade de imagem, uma sociedade altamente tecnológica e, acima de tudo, uma sociedade muito atenta à forma como os animais são mantidos em cativeiro.
Naturalmente, a maneira como os animais são mantidos em cativeiro é alvo de um cuidado redobrado. Posso dizer que há cerca de cinco/seis anos deixámos de ter no aquário as tartarugas gigantes, pois não tínhamos as condições adequadas para que elas tivessem a qualidade de vida do seu habitat natural, assim como deixámos de ter as otárias, tal como deixámos ter outro tipo de peixes de grande porte.
“Naturalmente, a maneira como os animais são mantidos em cativeiro é alvo de um cuidado redobrado.”
Substituímos isso pela tecnologia, fazendo aqui no Aquário uma janela virtual para o oceano, uma janela do conhecimento, uma janela que permite, de alguma forma, que todos os visitantes possam ter um conhecimento científico daquilo que são os vários cenários de tipologia de fundo diferentes da nossa costa, podendo interagir com esse mesmo ecrã e obtendo toda a informação pertinente relativamente às curiosidades de cada espécie com grandes dimensões.
O Aquário do início do século passado possui características muito especiais, as quais tivemos de ter em atenção. A nossa grande reflexão consistiu em equacionar um Aquário com uma imagem do século passado ou modernizá-lo tanto que se arriscaria perder o seu próprio legado. A decisão estratégica daquilo que deveria ser o Aquário de amanhã foi manter aquilo que é a linha base de construção do Aquário, mas numa perspetiva de modernizá-lo tecnologicamente, tornando-o apelativo às novas sociedades de imagem e tecnológica.
Além disso, e tomando como exemplo a sala magnífica de história natural dos acervos do Rei, se não projetarmos estes espaços para fora do aquário, estes perdem algum do seu sentido. Este espaço museológico de história natural é um espaço científico de estudo que deve estar disponível à própria comunidade científica.
Todas estas peças do Rei foram fotografadas e digitalizadas em 3D e estão atualmente disponíveis, de acesso universal, quer seja através de um tablet, de um computador ou telemóvel. Acreditamos que o conhecimento deve ser massificado para “fora de portas” do Aquário, tornando-o quase como uma referência para que as pessoas queiram vir ver as peças ao vivo. Esse é o grande objetivo. Permitir que toda esta comunidade científica possa ter um contacto mais direto com aquilo que nós temos no Aquário Vasco da Gama, de forma a poderem, dentro das suas estratégias de estudo, optarem por levar a cabo estudos no próprio Aquário, como já hoje acontece. Temos pedidos de todo o mundo para poderem tirar lamelas das variadíssimas espécies que temos, espécies essas capturadas no tempo de D. Carlos. Esta é uma sala de história natural – sem dúvida nenhuma -, pois eu olho para cada frasco com estes peixes neutralizados e estou a olhar para uma biblioteca de ciências naturais. Cada espécie que está dentro de um frasco tem uma enormidade de informação científica que os cientistas podem obter e, por isso, temos tido vários pedidos de todo o mundo, inclusivamente de cientistas que querem vir ao Aquário Vasco da Gama fazer estudos desde a evolução da espécie, do ADN, sobre a influência dos microplásticos nestas espécies ou sobre a forma como estas se comportam no oceano, entre outras. Como costumo dizer, o Aquário é mais do que uma sala de história natural. É uma biblioteca de história natural.
“Cada espécie que está dentro de um frasco tem uma enormidade de informação científica que os cientistas podem obter e, por isso, temos tido vários pedidos de todo o mundo, inclusivamente de cientistas que querem vir ao Aquário Vasco da Gama fazer estudos desde a evolução da espécie, do ADN, sobre a influência dos microplásticos nestas espécies ou sobre a forma como estas se comportam no oceano”
É um mundo sem fim. Nas palavras de um dos convidados que estava na conferência “Fronteiras 21”, ainda nos falta descobrir cerca de 90% das maravilhas que os oceanos nos trazem, não só na parte mineralógica, mas também no que diz respeito aos animais. Nós, no mar, ainda somos “nómadas”, ao contrário do que se passa em terra, em que nos fixámos e cultivámos. Só agora é que nos estamos a fixar no oceano, não como caçadores atrás do peixe, mas a começar a criar peixes em culturas em cativeiro. Por isso, no mar, e relativamente à terra, estamos quase com um desfasamento de 10.000 anos.
Antigamente, saíamos nos barcos de pesca atrás dos cardumes de peixes para os capturar sem qualquer tipo de sensibilidade daquilo que seriam as alterações que iríamos provocar no oceano. Hoje em dia, começamos a ter muita consciência disso, pois na realidade as alterações climáticas e a sustentabilidade do próprio ecossistema passaram a ser as preocupações do dia. Na altura em que decorre esta entrevista, decorre em simultâneo, em Portugal, a Conferência dos Oceanos, organizada pelas Nações Unidas. Este evento vem reforçar a ideia de que a preservação dos oceanos é um tema transversal à sociedade, às empresas e a todos nós em geral. Acredito que a própria Terra se deveria chamar “Oceano”, uma vez que temos mais oceano do que terra e é com vista para esse equilíbrio que temos de olhar para estas questões do oceano, com uma sociedade mais consciente perante a o Oceano de amanhã.
No momento em que falamos e estando a decorrer a Conferência dos Oceanos, na sua opinião, e tendo em conta o trabalho do aquário Vasco da Gama, quais são os maiores desafios da humanidade no que toca à proteção dos oceanos?
Olhar para o oceano como um ativo finito, cuidando deste como a maior riqueza que temos, no que diz respeito à sustentabilidade da vida em terra. O oceano dá-nos tudo: o oxigénio ou o equilíbrio em termos de temperatura são apenas dois dos exemplos. Se até há 20 anos julgávamos que os recursos dos oceanos eram infinitos, hoje em dia já há uma maior consciência da sua finitude. Nesse sentido, temos de gerir estes recursos de uma forma muito consciente, muito madura e com uma atitude muito racional do que é possível e não deixar que os aspetos económicos do momento se sobreponham àquilo que são os aspetos de sustentabilidade do oceano no dia de amanhã.
“Olhar para o oceano como um ativo finito, cuidando deste como a maior riqueza que temos, no que diz respeito à sustentabilidade da vida em terra.”
Nos últimos anos, o Aquário Vasco da Gama tem vindo a implementar várias medidas de recuperação. Quais as principais melhorias que destaca e o que nos pode dizer acerca de futuros projetos neste espaço emblemático?
Temos vários projetos para o futuro. Recentemente, foi-nos atribuído pelo Ministério do Ambiente um fundo ambiental de 485.000 €, que tem que ver com a eficiência energética. No ano que vem, este edifício irá fazer 125 anos, o que será uma data importante para Portugal, Marinha e, claro, Aquário Vasco da Gama.
Já temos em mente várias iniciativas que, de alguma forma, têm como objetivo promover, uma vez mais, a necessidade da preservação do oceano. No contexto da eficiência energética, não só uma preparação de conteúdo dentro do Aquário, mas também no exterior do próprio, como um edifício de excelência naquilo que diz respeito à eficiência energética. Isto é, desde as temperaturas que tem que se manter no interior, por via de janelas adequadas às condições climatéricas, à substituição de telhados – que não são os adequados para mantermos as condições apropriadas no interior – até à forma como os arrefecimentos e os aquecimentos das diversas áreas que temos no interior do Aquário, que poderão ajudar na simulação artificial dos habitats naturais dos peixes que cá vivem poderem ser controlados de uma forma eficiente, assim como à produção da própria energia por via de painéis solares.
Outro projeto muito grande, que estamos expectantes que possa começar no final do próximo ano, é um projeto em que a Câmara Municipal de Oeiras se prontificou a ajudar: a recuperação do torreão, o grande reservatório de água do Aquário Vasco da Gama com capacidade para 360 toneladas de água salgada. Ainda mantemos a tradição do tempo do Rei D. Carlos, ao manter a alimentação dos aquários com água salgada feita através da gravidade, uma obra-prima em termos de engenharia hidráulica e que conta com 125 anos.
“Outro projeto muito grande, que estamos expectantes que possa começar no final do próximo ano, é um projeto em que a Câmara Municipal de Oeiras se prontificou a ajudar: a recuperação do torreão, o grande reservatório de água do Aquário Vasco da Gama com capacidade para 360 toneladas de água salgada.”
Na sua opinião, quais são as grandes vantagens de o Aquário Vasco da Gama estar localizado no concelho de Oeiras?
Em relação ao concelho do Oeiras, existe aqui uma grande gratidão ao Presidente Isaltino que é, desde sempre, um grande defensor do Aquário Vasco da Gama.
Quando foi concebido o Oceanário, houve grandes vozes da sociedade críticas ao facto do Aquário Vasco da Gama se manter aberto como Aquário. Houve também várias sugestões que o mesmo se transformasse apenas num museu. O Dr. Isaltino, em contracorrente, foi uma voz muito ativa do lado do Aquário Vasco da Gama, defensor do seu valor e potencial como um polo museológico de Aquário e de Ciência, numa perspetiva de dar apoio à própria autarquia no âmbito educacional das camadas mais jovens.
“O Dr. Isaltino, em contracorrente, foi uma voz muito ativa do lado do Aquário Vasco da Gama, defensor do seu valor e potencial como um polo museológico de Aquário e de Ciência, numa perspetiva de dar apoio à própria autarquia no âmbito educacional das camadas mais jovens.”
Temos também um projeto com a Câmara Municipal de Oeiras, o Oeiras Educa, que é um projeto que tem como objetivo educar, sensibilizar e incrementar atitudes conscientes da forma como as crianças devem lidar com o oceano e, nesse sentido, a Câmara tem dado todos os recursos humanos para que possamos desenvolver essa atividade. Tem suportado financeiramente os custos dos biólogos aqui no Aquário, que são quem faz as visitas guiadas, inclusivamente às crianças do primeiro e segundo ciclo das escolas do concelho de Oeiras – uma tarefa fundamental.
Visitar o Aquário sem ter o acompanhamento de uma visita guiada tem um sentido. Ter uma visita guiada e explicar o porquê das coisas tem outro sentido completamente diferente. Estas visitas guiadas que nós fazemos aqui no Aquário Vasco da Gama, com o apoio da Câmara Municipal, são fundamentais porque cada visita tem uma temática muito específica e essa temática caminha sempre para o mesmo objetivo: sensibilizar o público para a preservação do ecossistema marinho e a importância que o mar tem para a sociedade.
“Estas visitas guiadas que nós fazemos aqui no Aquário Vasco da Gama, com o apoio da Câmara Municipal, são fundamentais porque cada visita tem uma temática muito específica e essa temática caminha sempre para o mesmo objetivo: sensibilizar o público para a preservação do ecossistema marinho e a importância que o mar tem para a sociedade.”
Falando também desta questão da proximidade com a população, na sua leitura, de que forma beneficia a população das parcerias entre o Aquário Vasco da Gama e a Câmara Municipal de Oeiras?
O Município de Oeiras é muito presente no dia a dia do Aquário Vasco da Gama e a Câmara Municipal tem dado todo o apoio possível. Atualmente, o Aquário Vasco da Gama tem como conceito ligar as empresas ao próprio Aquário, deixando as empresas cumprir as suas obrigações na vertente da responsabilidade social, um tema transversal à sociedade que é a preservação dos oceanos. Posso dizer, por exemplo, que temos várias empresas de relevo que têm apoiado financeiramente o Aquário em projetos fundamentais. Sem este tipo de apoios, e dependendo apenas dos orçamentos próprios, seria muito complicado desenvolver este tipo de projetos.
“O Município de Oeiras é muito presente no dia a dia do Aquário Vasco da Gama e a Câmara Municipal tem dado todo o apoio possível. Atualmente, o Aquário Vasco da Gama tem como conceito ligar as empresas ao próprio Aquário, deixando as empresas cumprir as suas obrigações na vertente da responsabilidade social, um tema transversal à sociedade que é a preservação dos oceanos.”
Por exemplo, o projeto de digitalização de todo o acervo histórico e científico do rei D. Carlos foi a BP Portugal que apoiou, um investimento muito avultado em termos daquilo que é normalmente esperado de um apoio financeiro.
A Fundação Vodafone Portugal tem proporcionado muita tecnologia ao próprio Aquário, desde a capacidade das redes wi-fi do Aquário, assim como a janela virtual. Outro projeto que vamos ter com a Vodafone, um projeto desenvolvido com a Fundação Vodafone, visa ter várias espécies em hologramas no próprio Aquário Vasco da Gama. A Fundação Vodafone tem tido aqui um papel fundamental também naquilo que são projetos de inovação.
Depois temos, por exemplo, o Grupo Sousa de Logística da área de transportes da Madeira, que nos apoiou na reformulação de toda uma galeria. Temos a Future HealthCare, um grupo de saúde que também nos apoiou nos aquários, o Grupo Tecnoveritas, que nos apoiou com as enguias elétricas, mostrando às crianças que existem outras formas de os oceanos nos darem energia. Temos hoje duas enguias elétricas que encomendámos do Peru e que geram energia, com descargas de 860 volts, e tencionamos ter já no próximo Natal uma árvore de Natal, com a energia gerada pelas próprias enguias elétricas. A grande visão estratégica que o Aquário Vasco da Gama tem tido sobre esta matéria é associar-se ao tecido empresarial português consciente, porque não há empresa nenhuma consciente que não esteja sensibilizada para a área da preservação dos ecossistemas marinhos numa altura tão rica como vivemos sobre a preservação dos oceanos, com projetos credíveis e de visibilidade e que essas próprias empresas, através das suas áreas de comunicação, possam de alguma forma projetar esta nossa grande mensagem da necessidade da preservação dos oceanos.
A 19 de dezembro de 2019 tomou posse como Diretor do Aquário Vasco da Gama. Que balanço faz destes quase três anos na liderança deste museu- aquário?
Tem sido uma experiência única. Eu sou mergulhador na Marinha, fiz a minha vida toda debaixo de água, conheço o fundo do mar e tenho a perfeita noção de que ao longo destes meus 35 anos de carreira militar assisti a um empobrecimento muito grande daquilo que é a nossa riqueza subaquática.
Por isso, esta minha passagem aqui pelo Aquário Vasco da Gama tem sido uma passagem em que tenho, de alguma forma, lutado contra a maré. Tenho arranjado forma de fazer com que o tema da preservação dos oceanos seja um tema comum e transversal a todos. Pretendo que, daqui a uns anos, quando for mais velho e voltar a mergulhar possa ver no fundo do mar a riqueza que vi há 35 anos atrás. Esse é que é o nosso grande objetivo, o meu grande objetivo pessoal e profissional.
“Tenho arranjado forma de fazer com que o tema da preservação dos oceanos seja um tema comum e transversal a todos. Pretendo que, daqui a uns anos, quando for mais velho e voltar a mergulhar possa ver no fundo do mar a riqueza que vi há 35 anos atrás.”
Tem sido uma experiência muito gratificante porque sinto que, de alguma forma, tenho contribuído ativamente para a mudança de mentalidades, principalmente dos mais pequeninos que fazem aqui estas visitas temáticas. Há ainda um longo caminho a percorrer e espero conseguir concluir os projetos a que me propus, com o aval da minha tutela, para acabar um dia a missão no Aquário Vasco da Gama e poder pensar para mim “Valeu a pena”.